No dia 15/06 estivemos em Cururupu, município localizado no litoral ocidental do Maranhão, para conhecer de perto outro Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE). Participamos de um encontro regular de alinhamento e fortalecimento da identidade dos 9 municípios que compõem os arranjos. Fomos muito bem recebidos pela professora Gorethi Camelo, ex-presidente da Undime Nordeste que vem apoiando a articulação entre municípios no Maranhão e outros estados região, e pelos técnicos e secretários(as) municipais presentes.
O ADE é composto por 11 municípios do litoral ocidental do Maranhão e existe há 4 anos. Participam secretários (as) e técnicos (as) das secretarias municipais de educação, e contam também com um presidente e um articulador. Os municípios são bem distintos um dos outros, apesar de estarem num mesmo território, há uma heterogeneidade presente na região.
Há duas preocupações principais apontadas:
Postas as preocupações, o ADE ainda está em um momento inicial de formação. No entanto, já apresentam certo nível de mobilização e articulação. Há realização de reuniões periódicas, em três níveis: reunião entre os secretários, reunião com secretários e técnicos e reunião com os prefeitos. Profª. Goreth afirma que essa divisão é para alinhamento interno, e para entender a necessidade de cada local.
Junto à presidente-executiva do Instituto Positivo, Eliziane Gorniak, pudemos contar um pouco sobre as histórias e aprendizados do livro Cooperação Intermunicipal, primeira publicação do Colabora. Apesar da escassez de recursos e limitações locais, percebemos nos relatos dos participantes um notório empenho na promoção de práticas colaborativas para a melhoria da aprendizagem dos alunos. Como compartilhamos ao longo da reunião, acreditamos que a mais alta barreira já foi vencida pelos municípios: superar as demandas individuais e a consequente escassez de tempo para unirem forças em prol da educação regional.
O ADE é um forte instrumento institucional e político independentemente da localização geográfica e das condições financeiras, sociais e econômicas. A passagem pelo Maranhão demonstrou – mais uma vez – que criações pautadas na realidade local são possíveis e, mais que isso, necessárias para a promoção de um regime de colaboração verdadeiramente efetivo.
Fica a lição de engajamento e comprometimento com a região. Seguiremos acompanhando de perto os trabalhos no Estado!